Desde 2011 o Inter não forma mais um time vencedor. O último, ganhou a Libertadores 2010 e Recopa sul-americana 2011.
Mas noto que o Inter de 2022 já começou a ter uma base e estrutura propícia para voltar a ganhar títulos.
Depois de um começo muito ruim em 2022, Mano Menezes arrumou o time e conseguimos atuações boas de forma regular e alcançamos o vice campeonato brasileiro de 2022, finalizando com um 3x0 em cima do campeão Palmeiras.
Em 2023, a base do time foi mantida, junto com o mesmo treinador. Mas tivemos algumas baixas importantes no elenco como Taison e Edenílson, que junto com alguns jogadores em má fase, não permitiram que o Inter chegasse a final do gauchão. As opções para Taison e Edenílson por vezes eram Lucas Ramos, Estevão e outros jovens, que não conseguiram manter um nível de qualidade necessário, o que deixou o Inter com poucas alternativas para buscar superar as dificuldades do elenco atual.
A má fase de De Pena e Johnny, que não conseguiam voltar a suas melhores atuações de 2022, e Baralhas, contratado este ano, mas que não encaixou no time, não permitiram que o Inter voltasse a ter um time competitivo. Aliado a isso, Mano Menezes não mexeu no esquema tático mesmo nas dificuldades e deixou o 4-4-2 sempre em campo mesmo precisando buscar vitória em casa contra o Caxias.
Mas após terminar o Gauchão, outros nomes começaram a aparecer. Campanharo foi contratado e já mostrou em pouco tempo uma grande qualidade para ser o primeiro volante Colorado. Igor Gomes, pouco aproveitado até então, se aproveitou da lesão de Bustos e entrou na lateral direita e deu a consistência defensiva que falta pro Bustos, além de também contribuir ofensivamente. Thauan Lara, aproveitado mais como ala, mostrou seu valor e passou a dar bom resultado.
Com estes acréscimos em campo, aliados a volta da boa fase de Maurício e da alta qualidade mostrada por Alan Patrick em 2023, disparado nosso melhor jogador, Mano Menezes começou a formatar um novo Inter, agora com mais variações táticas.
Mano passou a usar mais o 4-3-3, por vezes o 3-4-3, além do tradicional 4-4-2, o que deixou o Inter menos previsível e dificultando que o adversário conseguisse neutralizar o Inter, pois o time não era mais o time óbvio e fácil de marcar que foi no gauchão. Os 3 atacantes passaram a ser usados de forma frequente, coisa que não entendi porque no jogo com Caxias, na semifinal do gauchão, dentro do Beira-Rio, precisando ganhar, não foi utilizado em nenhum momento.
Na Copa do Brasil, Libertadores e Brasileirão, os 3 atacantes foram adotados de forma frequente, até em jogos contra grandes times, como foi o caso do jogo contra o Flamengo, mas contra o Caxias, o Mano, estranhamente, preferiu um time menos ofensivo.
Contra o Flamengo, inclusive, foi um time muito bem postado taticamente, anulando o grande time do Flamengo em boa parte do jogo, e quando o Flamengo fez seu gol e começou a melhorar em campo, Mano fez as substituições corretas e voltou a equilibrar o jogo, tornando a virada Colorada uma realidade e a grande vitória, com gol nos acréscimos, veio premiar isso.
Ou seja, passado o Gauchão, parece que o Mano acordou que precisava ser mais técnico e usar mais variações táticas, tentar achar opções para que o time voltasse a jogar mais e ser mais competitivo.
Com a melhora tática, Inter passou a jogar mais, os jogadores em má fase foram melhorando junto com a melhora tática, pois um time arrumado, faz todos jogadores melhorarem tecnicamente.
Já começo a ver que a manutenção da base de 2022, aliada a melhora tática do time providenciada pelo técnico e aliada com a chegada de novos jogadores como Campanharo, Aranguiz, Valência e o retorno do lesionado Gabriel, está fazendo o Inter montar um time e elenco capazes de voltar a trazer títulos para o Colorado, pois o time de 2022, que já mostrou qualidades para ser vice-campeão brasileiro, começa a ter opções melhores e podem dar o salto de qualidade para que uma nova Era de grandes conquistas volte ao Colorado.
Um time que vislumbro quando todos jogadores lesionados e contratados estiverem em condições é este:
Keiller(ou John); Igor Gomes(ou Bustos), Vitão, Mercado e Renê; Gabriel(Campanharo), Aranguiz, Maurício, Alan Patrick; Wanderson e Valência.
Ainda teríamos variações táticas passando a ter 3 atacantes com entrada do Pedro Henrique no 4-3-3 ou entrada do De Pena, passando para um 4-1-3-2.
O time titular fica forte e teríamos opções no banco para mudar esquema e seguir com um time competitivo.
Com tudo isso, vislumbro que estamos na eminência de formar mais um grande time pro Colorado e voltar as grandes conquistas. É aguardar e conferir se isso foi confirmado ou não.