18 de dezembro de 2006

O Clube do Povo conquista o Mundo

Neste dia 17 de dezembro de 2006, o Internacional pode se declarar o Dono do Mundo.
Assim como, quatro meses atrás, o mesmo Internacional era declarado o Dono da América.
Um ano perfeito para todos os Colorados, que buscavam estas glórias desde a década de 70, quando o esquadrão comandado por Falcão e Figueroa, era o melhor time do Mundo, mas não conseguiu os títulos que este ano conquistou.
O Clube do Povo tem a torcida mais apaixonada do mundo e por isso merecia todas as glórias que alcançou este ano, fazendo com que cada torcedor Colorado vivesse o ano mais feliz de sua vida.

Nesta decisão contra o Barcelona, o técnico Abel Braga devolveu ao time do Inter as suas maiores virtudes e que identificaram o Clube do Povo neste ano de conquistas: Garra, forte marcação e saída rápida para o ataque.
Era só com estas virtudes que o Inter poderia superar um adversário tão qualificado como é o Barcelona, que possui no time vários jogadores de seleções nacionais, os melhores do mundo, incluindo o melhor de todos: Ronaldinho.

Já o Inter não tinha os melhores jogadores do mundo, mas com certeza tinha algo que o Barcelona não tinha: o espírito guerreiro de seus jogadores.
E foi com este espírito guerreiro que Ceará anulou Ronaldinho, principalmente no segundo tempo.
Foi com este espírito guerreiro que Índio jogou os últimos minutos de jogo, mesmo com o nariz quebrado e sangrando muito.
Foi este espírito guerreiro que fez de Iarley o nome do jogo. Após a saída do comandante Fernandão, lesionado, Iarley assumiu a responsabilidade de comandar o Colorado. Foi dele as principais arrancadas para o ataque e foi dele a jogada sensacional do gol Colorado.
E foi este mesmo espírito guerreiro que contagiou Clêmer, tão irregular em outras partidas, mas que nesta final realizou a melhor partida de sua vida, fechando completamente o gol com grandes defesas.

Fabiano Eller é um capítulo a parte. Simplesmente incorporou tudo que se pode pedir de um grande zagueiro. Jogador técnico e com ótima colocação, é o dono da defesa Colorada. Marca atrás como ninguém e sai jogando como muito poucos jogadores sabem fazer. Foi, e espero que continue sendo por muito tempo, um jogador importantíssimo para o Inter atingir o estágio de qualidade que alcançou este ano.

O Inter começou o jogo melhor que o Barcelona, colocando pressão e mostrando que não seria o adversário fácil que o Barcelona imaginava enfrentar.
Mas, depois de 20 minutos, o Barcelona começou a achar alguns espaços e teve algumas chances. Em especial pelo seu setor direito, aonde o italiano Zambrotta tinha liberdade para arrancar em direção ao gol de Clêmer.

Na volta para o segundo tempo, Abel corrigiu esta falha de marcação e colocou o colombiano Vargas para marcar naquele setor.
Beletti, que substituiu Zambrotta, nada fez por ali, pois Vargas foi soberano. Marcou e deu a tranquilidade no toque de bola que o Inter precisava.
Aos poucos o Colorado foi retomando o controle do jogo. Era o Inter quem ameaçava mais marcar seu gol no segundo tempo.

Mas foi aí que Fernandão deu um susto nos Colorados. Sentiu lesão e teve que sair. No seu lugar entra Adriano Gabiru, odiado por boa parte da torcida Colorada. Mas quis o destino que Gabiru sairia do inferno para a glória.
Em ataque iniciado com um chutão de Índio, toque de cabeça de Gabiru para Luiz Adriano e este para Iarley, que driblou Puyol e arrancou em direção a área do Barcelona. Ao seu lado Gabiru passa gritando para que este lhe passe a bola. E o passe vem, preciso, no momento certo. Gabiru apenas desvia do goleiro Valdéz para decretar que o sonho de todos os Colorados agora passaria a ser realidade.
Depois disso, o Inter ainda precisou segurar o resultado por mais 10 longos minutos. O Barcelona pressionou, mas Clêmer, Índio, Ceará e cia continuavam jogando com a mesma garra e garantiram o resultado até o final.

Quero agradecer meu Pai por me tornar Colorado desde que nasci. A minha mãe, que lá do alto do céu atendeu os meus pedidos e iluminou todos os jogadores Colorados para esta grande conquista. Agradecer meu irmão, que junto com outros fiéis torcedores foram até o Japão para transformarem o estádio Internacional de Yokohama em um caldeirão Colorado, como se os jogadores estivessem no Beira-Rio.
Agradecer ao preparador físico Paulo Paixão por tornar o Inter um time tão bem preparado fisicamente.
Agradecer a direção Colorada por montar um time tão qualificado.
Agradecer, também, o técnico Abel Braga, pelo espírito guerreiro que conseguiu que seus comandados incorporassem, além da tática perfeita que colocou em campo nesta decisão, anulando as principais jogadas do seu adversário.
E, por último, agradecer os jogadores Colorados por terem jogado com tanta coragem e raça e, assim, colocado o Inter no topo do Planeta, como o mais legítimo CAMPEÃO DO MUNDO.

2 comentários:

José Luiz Limeira disse...

Lindo, amor, teu texto!! Bjs, Michele

Anônimo disse...

Muito bom.
Da-lhe Inter!